Escrever vez ou outra é muito bom. Portanto, venho aqui desabafar na maioria das vezes, e outras muitas dizer algo que me faz matutar ou a me queixar. Esta foi uma maneira que encontrei para esboçar de forma relativa e simplória os meus sentimentos e pensares provenientes do cotidiano. Em contrapartida, espero que não se percas em meu emaranhado de palavras, desprovidas por vezes de coerência e/ou coisa parecida. Mas, devo ressaltar que, - ' Esporadicamente escreverei palavras e/ou textos de próprio cunho. Pois, não me encontro com tempo necessário para tal coisa, mais sempre estarei titularizando (postando) algo que me chamou atenção seja uma música ou até mesmo uma imagem. Sendo assim, quero agradecer por sua visita, ela é de máxima importância embora que seja - ' Esporadicamente.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Poema Anjo - Saulo Leal


Hoje eu acordei mais cedo
E fiquei te olhando dormir
Imaginei algum suposto medo
Para que pudesse te cobrir
Tenho cuidado de você todo esse tempo
Você sabe onde pousar
Ao acordar, já terei partido
Ficarei de longe escondido
Mas, sempre perto, decerto
Como se eu fosse um humano vivo
Vivendo pra te cuidar
Te proteger
Sem você me ver
Sem saber quem sou
Se sou seu anjo, ou se sou
O seu amor

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Amor Platônico - Legião


Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível
E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer
Você é o brinquedo caro
E eu a criança pobre
O menino solitário que quer ter o que não pode
Dono de um amor sublime
Mas culpado por querê-la
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-la
Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final
No final
No final
Engraçado como a vida nos prega peças :)
Aqui estow...  \o/ segura minha mão e ouve o meu silêncio...




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cartas de Amor do Profeta - Paulo Coelho


Quando o amor chamar, aceitem seu chamado, mesmo que o caminho seja duro, difícil.
E quando suas asas se abrirem, entreguem-se, mesmo que a espada que está ali escondida termine provocando ferimentos.
E quando o amor disser algo, acreditem, mesmo que sua voz destrua seus sonhos, como o vento do norte devasta os jardins.
Porque o amor glorifica e crucifica. Faz crescer os ramos, e os poda. Tritura os homens, até que estejam flexíveis e dóceis. Os queima em fogo divino, para que possam converter-se em um pão sagrado, que será consumido no banquete de Deus.
Entretanto, se tiverem medo, e quiserem encontrar no amor apenas a paz e o prazer, melhor que se afastem de sua porta, e procurem outro mundo, onde poderão rir, mas sem toda alegria, e poderão chorar, mas sem usar todas as lágrimas.
O amor não dá nada e não pede nada além de si mesmo. O amor não possui nem é possuído – porque ele se basta.
E não tentem dirigir o seu curso: porque se o amor achar que são dignos, ele os dirigirá até onde devem chegar.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A estrada percorrida -

Em duas partiu-se a estrada num dourado bosque
e a lamentar as duas não poder trilhar
e ser um só viajante, por um tempo ali estive
a olhar para uma delas até onde num declive
em meio ao arvoredo eu a via se dobrar.

Segui pela outra então, bastante equivalente,
mas a exercer talvez apelo mais intenso
por de relva ser coberta e de uso estar carente;
ainda que por ambas passasse muita gente
e a seus leitos fosse o dano igualmente extenso.

E ao ver que nas manhãs sobre ambas haveria
leito de folhas por passo algum enegrecido.
Oh, a primeira deixei para outro dia!
mas ciente que uma via nos leva a outra via,
suspeitei não lá voltar tendo uma vez partido.

Estarei dizendo num suspiro meu
em tempos e lugares de distância imensa
em duas partiu-se num bosque a estrada, e eu...
Eu escolhi a que menos gente percorreu
e foi isso que fez toda a diferença.


"A estrada percorrida", Robert Frost. Trad.de Celina Portocarrero 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Amor, Meu Grande Amor - Barão Vermelho

Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões
E as palavras...

Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo
Ou se sou água...

Amor, meu grande amor
Me chegue assim
Bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir
O que não sente...

Pois tudo o que ofereço
É, meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim, até o começo...

Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira...

Enquanto me tiver
Que eu seja
O último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor
Me reconheça...

Pois tudo que ofereço
É, meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo...

Amor, meu grande amor
Que eu seja
O último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor
Por favor, me reconheça...

Pois tudo que ofereço
É, meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo...(2x)